Lula cancela jantar com príncipe da Arábia Saudita que deu joias para Bolsonaro

Presidente e primeira-dama jantariam com Mohammed bin Salman hoje.; segundo assessoria, compromisso foi desmarcado devido à agenda intensa

23 jun 2023 - 16h42
(atualizado às 18h44)
Lula propôs criação de uma moeda sul-americana e uma no âmbito dos Brics
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Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República / Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou um jantar agendado com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, em Paris, na França, nesta sexta-feira, 23. A decisão de alterar a agenda foi tomada devido à intensa programação que Lula teve nos últimos dias durante sua estadia na Europa, conforme informou a assessoria do Planalto. 

O jantar estava originalmente agendado para acontecer na residência oficial da Arábia Saudita em Paris, e seria oferecido a Lula e à primeira-dama, Janja da Silva.

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Na terça-feira, 20, o presidente brasileiro chegou a Roma, onde se reuniu com o Papa Francisco no Vaticano. Em seguida, o mandatário permaneceu em Paris por 2 dias.

Hoje, Lula participou da cúpula que abordou a temática de um novo pacto financeiro global e também teve uma reunião de trabalho com o presidente francês, Emmanuel Macron.

Críticas e polêmicas das joias 

O príncipe herdeiro, que ocupa uma posição de liderança no reino saudita, tem sido alvo de críticas por parte de países ocidentais. Um relatório de inteligência dos Estados Unidos, em 2021, atribuiu ao príncipe a responsabilidade pela morte do jornalista Jamal Khashoggi em 2018.

A comunidade internacional também tem levantado críticas contra a Arábia Saudita devido às restrições aos direitos das mulheres. Somente em 2018 o governo local autorizou que mulheres pudessem dirigir no país.

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A Arábia Saudita é um importante produtor de petróleo e manteve uma boa relação com a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro. O país árabe inclusive presenteou a então primeira-dama Michelle Bolsonaro com joias no valor de R$ 5,1 milhões. 

Esses itens de luxo foram apreendidos quando um assessor do ex-ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) tentou ingressar no Brasil pelo Aeroporto de Guarulhos sem declará-los à Receita Federal, o que é considerado ilegal.

Fonte: Redação Terra
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