Lula chama protestos por intervenção militar de "sem pé nem cabeça" e cobra investigação sobre financiamento

O petista disse que o Brasil vai "voltar à normalidade", e criticou os conflitos provocados pelo atual presidente Jair Bolsonaro

9 nov 2022 - 19h14
(atualizado às 19h20)
Foto: Adriano Machado / Reuters

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que os manifestantes bolsonaristas que pedem uma intervenção militar para impedi-lo de tomar posse não têm por que protestar uma vez que a eleição foi totalmente limpa, e cobrou uma investigação dos financiadores dos atos, que descreveu como "sem pé nem cabeça".

Em entrevista coletiva após uma série de encontros com autoridades em Brasília, incluindo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula disse que o Brasil vai "voltar à normalidade", e criticou os conflitos provocados pelo atual presidente Jair Bolsonaro com o Judiciário.

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"Essas pessoas que estão protestando não tem por que protestar", disse Lula. "Acho que é preciso detectar quem está financiando esses protestos, porque que não tem nem pé nem cabeça."

Lula também afirmou que cabe a Bolsonaro, que ainda não reconheceu o resultado da eleição do mês passado --apesar de ter concordado com o início da transição-- reconhecer a derrota e eventualmente se preparar para uma próxima disputa eleitoral.

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"Ninguém vai acreditar no discurso golpista de alguém que perdeu as eleições", disse. "Cabe ao presidente reconhecer a derrota e se preparar para concorrer outra vez."

Apoiadores de Bolsonaro inconformados com o resultado da eleição têm se reunido em algumas rodovias e na porta de unidades do Exército em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília para pedir a intervenção das Forças Armadas de forma a impedir a posse de Lula.

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