O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira, 11, que os atos terroristas praticados no Distrito Federal no último domingo, 8, não são isolados. O petista relacionou os ataques a outras duas ocorrências: uma na usina de Itaipu e outra em Rondônia.
Lula se referia à derrubada de torres de energia. Durante reunião com um grupo de parlamentares no final da manhã, o presidente disse que as causas ainda estavam sob investigação, mas falou em "vandalismo".
"Foi um ato de vandalismo, um ato de bandido, porque os cabos de aço foram serrados. Significa que propositalmente alguém cortou os cabos das torres [...] Já tinha acontecido no final do ano em Rondônia, torres da Eletronorte que tinham sido derrubadas, ou seja... Obviamente, nós vamos investigar", disse.
Na ocasião da declaração, senadores foram entregar a Lula o decreto legislativo que confirmou a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, determinado pela Presidência. O atual chefe do Executivo conversou rapidamente com os parlamentares e afirmou que preferia resolver a questão no diálogo, mas não encontrou espaço para isso.
Lula ainda chamou de "aloprados" os grupos que contrariam os resultados das eleições.
"Eu até não gostaria de pensar em golpe, eu até gostaria de pensar em uma coisa menor, quem sabe... Um grupo de pessoas alopradas que ainda não entenderam que a eleição acabou", acrescentou.
O presidente agradeceu a velocidade com que o decreto foi aprovado pelo Congresso - o que, segundo ele, passa a mensagem de que "tem que punir quem não respeitar a lei" - e lamentou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não tenha reconhecido a derrota. Lula o comparou a si mesmo, dizendo que nas disputas em que perdeu, ligou para os adversários no mesmo dia.