O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou em suas redes sociais nesta quinta-feira, 1º, a indicação do advogado Cristiano Zanin à vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Caso seja aprovado pelo Senado, ele ficará no lugar de Ricardo Lewandowski, que anunciou a aposentadoria em 11 de abril.
"Já era esperado que eu fosse indicar o Zanin para o STF, não só pela minha defesa, mas porque eu acho que se transformará em um grande ministro da Suprema Corte. Conheço suas qualidades, formação, trajetória e competência. E acho que o Brasil irá se orgulhar", escreveu em seu Twitter.
Em caso de aprovação, o STF voltará a ter 11 ministros, que previne empates em julgamentos. Zanin é advogado pessoal de Lula, o que, segundo o Estadão, mostra que o presidente quer um aliado na Corte. A nomeação desbancou o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-secretário-geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tinha o apoio de Lewandowski.
Na noite de quarta-feira, 31, o presidente Lula teve um encontro no Palácio do Planalto com o advogado, comunicando a seus aliados que ele será indicado para a vaga no Supremo. Com isso, Zanin assumirá processos de interesse do governo, que abrangem desde modificações na Lei das Estatais até ações contra adversários, incluindo Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato.
O advogado é natural de Piracicaba, no interior de São Paulo, e cursou direito na Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Zanin ficou conhecido por ter defendido Lula nos processos da Operação Lava Jato, e também atuou como coordenador jurídico da campanha do atual presidente em 2022.
Indicado por Lula, foi ele quem apresentou o recurso que declarou suspeição do ex-juiz e senador Sergio Moro, e conseguiu que o petista pudesse concorrer à Presidência.