O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, nesta terça-feira (17), com seus homólogos do Irã, Ebrahim Raisi, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, sobre o conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas.
No diálogo com o líder iraniano, o petista falou sobre o grupo de brasileiros que espera a saída da Faixa de Gaza, próximos a fronteira com o Egito, e expressou sua preocupação com as mulheres e crianças da região que sofrem com a guerra.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores revelou que Raisi "defendeu o fim imediato dos bombardeios de Israel e o fim do bloqueio da Faixa de Gaza".
Lula também fez um apelo pela libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas - melhor sinal para um apelo pelo fim do conflito - e pediu um consenso para a criação de um corredor humanitário.
"O mais importante é termos a condição para mulheres, crianças e idosos não sofram as consequências daqueles que querem guerra", ressaltou Lula. "Eu fico triste quando vejo a dificuldade do povo pobre construir uma casa, um hospital. E como isso é facilmente destruído na guerra".
Já em seu contato com Erdogan, o presidente brasileiro reforçou a necessidade de um cessar-fogo e pediu ajuda para a liberação dos brasileiros, algo que o líder turco se dispôs a ajudar no que puder.
Além disso, o Itamaraty afirmou que "ambos os presidentes concordaram que são inaceitáveis os ataques contra civis", e Erdogan "falou do envio de ajuda humanitária para Gaza".
"Nós temos que conversar com os dois lados que a Guerra só significa retrocesso", ressaltou o petista, que disse estar esperando pela visita de Erdogan ao Brasil no ano que vem, na cúpula do G-20.
Por fim, Lula expressou seu desejo de "um mundo com menos guerra e mais paz, com menos pobreza e mais emprego". .