Lula diz que falta de mulheres e negros em ministérios é 'problema crônico'

Presidente falou que a falta de envolvimento histórica de mulheres e negros na política afeta escolhas para cargos em Brasília

26 jun 2024 - 12h41
(atualizado às 13h44)
Lula concedeu entrevista ao UOL nesta quarta-feira, 26 de junho.
Lula concedeu entrevista ao UOL nesta quarta-feira, 26 de junho.
Foto: Reprodução/UOL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a falta de mulheres e pessoas negras nos ministérios é um "problema crônico" no Brasil. Ele falou sobre a falta de participação ativa na política destas pessoas que, historicamente, não tiveram atuação em cargos de grande importância em Brasília.

Em entrevista ao UOL nesta quarta-feira, 26, Lula falou sobre a confiança que tem em seus ministros, e que considera importante discordar de seus aliados, porque há respeito e relações de confiança entre eles. Ao citar o nome de alguns ministros que considera de sua confiança, Lula foi questionado sobre a falta de mulheres nestes cargos, em seu governo.

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"Tá faltando mulher, isso é um problema", concordou. "É um problema crônico, porque nem sempre a mulher, por ela não ter uma participação ativa durante muito tempo, fica mais difícil você encontrar mulher para determinados cargos, fica mais difícil você encontrar negros para determinados cargos. Não é que não tenha, é que a oferta é menor na medida em que, embora seja a maioria da população, não tiveram uma participação política histórica mais contundente. Então eu quero mais mulheres no meu governo, eu preciso de mais negros. Eu preciso que o governo tenha a cara do Brasil", completou.

O presidente ainda mencionou que, em visita recente à Universidade de São Paulo (USP), se surpreendeu positivamente com a quantidade de pessoas pretas e de diferentes origens e contextos sociais que estavam presentes.

"Fiquei maravilhado, porque a USP antigamente era só de brancos, e agora a USP está mesclada, inclusive com gente da periferia, você vê gente de vários lugares. Esse é o Brasil que eu quero, é o Brasil que eu sonho, um Brasil feliz, um Brasil pra frente, sem ódio. Eu não tenho nenhum problema de ter divergências, porque eu acho que tem que ter respeito", disse.

Fonte: Redação Terra
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