Lula diz que igreja tem papel vital em país mais justo, em carta para Marcha para Jesus

Presidente não participou do evento e lembrou na publicação que sancionou a lei que criou o dia nacional para o evento, em 2009

30 mai 2024 - 16h02
(atualizado às 16h18)
Presidente não compareceu à Marcha para Jesus e foi representado pelo ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias
Presidente não compareceu à Marcha para Jesus e foi representado pelo ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias
Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO / Estadão

O Palácio do Planalto divulgou na tarde desta quinta-feira, 30, uma carta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lida durante a Marcha para Jesus, que acontece em São Paulo. Na mensagem, Lula tece elogios ao evento, lembra de ter sancionado a lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus em 2009 e afirma que a Igreja desempenha um "papel vital" no compromisso de construir um país mais "justo e inclusivo", que, diz, norteia as ações do governo federal.

Na carta, o presidente diz também que, como cristão, se sente "regozijado de ver a dimensão extraordinária" que o evento tomou e o papel significativo que desempenha na vida de muitos brasileiros, "promovendo valores de paz, fé, amor ao próximo e solidariedade". Escreve também ser sempre "uma honra e uma alegria" receber o convite para participar da celebração. "Quero expressar meu respeito e meu reconhecimento pela realização de mais uma edição deste evento, que reúne milhares de fiéis em um momento de fé, unidade e oração", afirma.

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O presidente foi convidado a participar da marcha, mas foi representado pelo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, como ocorreu no ano passado. Evangélico, Messias é considerado uma ponte entre o governo Lula e essa vertente religiosa, com a qual a gestão petista tenta se aproximar. "Temos o compromisso profundo, com todos os brasileiros, de construir um país mais justo e inclusivo. As ações do meu governo são desenvolvidas a partir dessa premissa e buscam promover uma vida digna à família brasileira. E a Igreja desempenha um papel vital nesse compromisso, que se reflete na sua ação social e no suporte espiritual de seus fiéis. Por isso, acredito que, juntos, podemos fazer muito mais pelo bem-estar, a paz e a harmonia de nosso povo", afirma.

"Uma das características mais formidáveis da Marcha é a capacidade de reunir fiéis de diferentes igrejas cristãs do Brasil e do mundo, sendo um evento aberto e de inclusão, que permite a participação de toda a população. Isso é uma demonstração inequívoca da prática daquilo que nos ensinou Jesus: 'a comunhão', que promove e fortalece os vínculos entre as pessoas. Conforme nos mandou Jesus: 'amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros. Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos' (Jo 13,25-26). Esse ensinamento é o que norteia o trabalho do nosso governo, que tem um foco muito preciso: união e reconstrução", diz o presidente.

Lula ainda afirma ter "certeza" de que a Marcha para Jesus deste ano será, como nos anos anteriores, "um evento abençoado, que renovará a esperança e a fé de todos os participantes". "Como, infelizmente, não consegui estar presente, pedi ao ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, que representasse a mim e ao governo. Ele está honrado, como também estou. Que Deus abençoe a todos", conclui o petista.

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