Em meio à falta de fidelidade de sua base no Congresso, o governo afirmou que não irá aceitar rachas dentro do PT em relação ao projeto de lei do arcabouço fiscal. A reprimenda foi feita nesta segunda-feira, dia 15, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma reunião com ministros e líderes da Câmara e do Senado, no Palácio do Planalto. As informações são do Estadão.
Lula afirmou que não tolerará divergências em seu partido, mesmo que haja pontos no projeto que não estejam de acordo com a preferência do PT. Como consequência, os dissidentes podem até mesmo perder indicações no governo, além de deixar de ocupar cadeiras em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Dos 37 ministérios, 10 são liderados por filiados ao PT.
Para o presidente, o mais importante no atual projeto é manter intacta a política de valorização do salário mínimo e também do Bolsa Família. No entanto, um dos pontos em debate prevê a ativação de "gatilhos" para bloquear gastos em caso de descumprimento da meta.
Conforme apuração do Estadão, Lula estaria disposto a negociar restrições em relação a novas renúncias fiscais e despesas com funcionalismo e concursos públicos. No entanto, o mandatário não aceita que o ajuste das contas públicas afete programas como o Bolsa Família, o salário mínimo e nem mesmo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).