Lula dribla imprensa após divulgação de lista da Lava Jato

Lista traz nomes de parlamentares de seis partidos que serão investigados por suspeita de corrupção na Petrobras

7 mar 2015 - 00h15
(atualizado às 00h40)
O ex-presidente Lula em evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; no canto direito, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini
O ex-presidente Lula em evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; no canto direito, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula / Divulgação

Em evento realizado na noite desta sexta-feira no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ignorou a lista divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com os nomes dos políticos que serão investigados por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato. A divulgação da lista foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki.

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O evento em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) marcou o lançamento da TVT Digital (TV dos Trabalhadores). Em seu discurso, Lula fez críticas à grande imprensa e falou da importância de uma emissora comandada pela classe trabalhadora, deixando de lado qualquer menção à lista da Lava Jato.

Ao final do evento, quando se preparava para entrar no carro e deixar o sindicato, Lula chegou a ser questionado sobre a lista por jornalistas, mas não respondeu – apenas acenou aos repórteres.

A lista dos inquéritos abertos pelo STF inclui políticos de seis partidos (PT, PP, PMDB, PTB, PSDB e Solidariedade), entre eles estão os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente. Também integram a relação o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e Fernando Baiano, suposto operador do PMDB no esquema. Em sua decisão, Teori considerou cabível a investigação porque há indícios de crimes e não foram verificadas "situações inibidoras do desencadeamento da investigação".

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Com a abertura dos inquéritos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, poderá reunir mais provas para depois decidir se oferece denúncia ou não contra os envolvidos. As investigações serão relatadas por Zavascki, que foi sorteado para cuidar dos casos relacionados à Operação Lava Jato. Caberá ao ministro ser a ponte entre a PGR e investigadores da Polícia Federal, decidindo sobre eventuais pedidos de diligências ou quebras de sigilos, por exemplo.

Senadores

Renan Calheiros (PMDB-AL) - presidente do Senado

Benedito de Lira (PP-AL)

Ciro Nogueira (PP-PI)

Edison Lobão (PMDB-MA)

Gladison Cameli (PP-AC)

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Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Humberto Costa (PT-PE)

Lindbergh Farias (PT-RJ)

Romero Jucá (PMDB-RR)

Valdir Raupp (PMDB-RO)

Investigação chegou aberta ao STF e foram autorizadas diligências

Fernando Collor (PTB-AL)

Antônio Anastasia (PSDB-MG)

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Deputados

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - presidente da Câmara

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) - ex-ministro das Cidades e deputado

Afonso Hamm (PP-RS)

Anibal Ferreira Gomes (PMDB-CE)

Arthur de Lira (PP-AL)

Carlos Magno Ramos (PP-RO)

Eduardo da Fonte (PP-PE)

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João Sandes Junior (PP-GO)

Jerônimo Goergen (PP-RS)

José Linhares da Ponte

José Mentor Neto (PT-SP)

José Olimpio Silveira Moraes (PP-SP)

José Otávio Germano (PP-RS)

Lázaro Botelho (PP-TO)

Luiz Carlos Heinze (PP-RS)

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Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG)

Nelson Meurer (PP-PR)

Renato Molling (PP-RS)

Roberto Balestra (PP-GO)

Roberto Coutinho Teixeira (PP-PE)

Roberto Pereira de Britto (PP-BA)

Simão Sessim (PP-RJ)

Valdir Maranhão (PP-MA)

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Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS)

Outros

Aline Corrêa (PP-SP) - ex-deputada

Mario Negromonte (PP) - ex-ministro das Cidades

Roseana Sarney (PMDB-MA) - ex-governadora do Maranhão

João Vaccari Neto - tesoureiro do PT

Fernando Baiano - empresário, apontado como operador do PMDB

Cândido Vacarezza (PT-SP) - ex-deputado

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João Alberto Pizzolatti Jr (PP-SC) - ex-deputado

João Felipe de Souza Leão (PP-BA) - ex-deputado

Luiz Argôlo (SD-BA) - ex-deputado

Vilson Covatti (PP-RS) - ex-deputado

Pedro Corrêa (PP-PE) - ex-deputado, codenado no mensalão

Pedro Henry (PP-MT) - ex-deputado, condenado no mensalão

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Antonio Palocci

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Fonte: SEU
Fonte: Terra
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