Após passar por uma cirurgia no quadril e outra nas pálpebras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanecerá despachando do Palácio da Alvorada nesta semana, mas não terá compromissos presenciais, o que contraria a previsão da equipe médica que conduziu os procedimentos no chefe do Executivo.
Os médicos que realizaram a cirurgia de Lula em 29 de setembro previam que a partir desta segunda-feira, 16, o presidente retomaria suas atividades normais, mesmo que no Palácio da Alvorada. No entanto, em sua agenda oficial para hoje, consta a indicação de "sem compromissos oficiais".
Desde então, Lula tem mantido contato com ministros apenas por telefone e videoconferência. Agora, ele recebeu autorização dos médicos para receber visitas, embora ainda não tenha confirmação de reuniões com seus auxiliares.
Para esta semana, além de lidar com as questões relacionadas ao conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, Lula terá que tomar uma decisão sobre a possível sanção ou veto do projeto de lei referente ao marco temporal das terras indígenas.
Há também a expectativa que o presidente comece a ter conversas para definir os nomes do novo ministro do Supremo Tribunal Federal e do futuro Procurador Geral da República.
Lula tem alternado sessões de fisioterapia com uma agenda de trabalho limitada. Mesmo seus assessores mais próximos perderam o acesso direto ao petista, que agora dá instruções e despacha exclusivamente por telefone.