O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva entrou com um pedido, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), para que o habeas corpus pedido pelo consultor Maurício Ramos Thomaz, sem o seu conhecimento, para que ele não pudesse ser preso na Operação Lava Jato não seja analisado pelo desembargador federal responsável, João Pedro Gebran Neto.
Gebran, que é responsável por todos os processos relativos à Operação Lava Jato no tribunal, diz que o habeas corpus impetrado por Maurício Ramos Thomaz e contestado pelos procuradores de Lula já foi negado liminarmente por ele, não cabendo a análise do pedido.
Na petição, o procurador de Lula diz que o HC preventivo ocorreu sem o conhecimento do ex-presidente, “por pessoa estranha, provavelmente inspirada por vários interesses, como o de se fazer notar pela imprensa ou mesmo por interesses políticos”. “O ex-presidente Lula não autoriza qualquer forma de representação judicial ou extrajudicial em seu nome, que não seja através de seus advogados legalmente constituídos para representá-lo e defender seus interesses”, ressaltou a defesa.
O consultor de Campinas (SP) Maurício Ramos Thomaz entrou ontem (24) com HC preventivo em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o objetivo de evitar possível prisão preventiva decorrente da Operação Lava Jato. O HC foi negado hoje (25) pelo desembargador Gebran.