Lula propõe no G20 aliança global contra fome e a pobreza: ‘Fome é produto de decisões políticas’

Presidente disse que objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma aliança global contra a fome e a pobreza

18 nov 2024 - 11h29
(atualizado às 12h15)
 Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em discurso na abertura da cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em discurso na abertura da cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
Foto: Reprodução/Gov.br

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs em discurso de abertura da cúpula do G20, grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana, uma aliança global contra a fome e a pobreza.  Falando a líderes mundiais, Lula afirmou que a fome e a pobreza não são resultados da escassez, mas produto de decisões políticas que perpetuam a exclusão de grande parte da humanidade.

"Compete aos que estão nesta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma aliança global contra a fome e a pobreza. Este será o nosso maior legado. Não se trata apenas de fazer justiça. Essa é uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz", disse Lula da Silva.

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O primeiro eixo da presidência brasileira no G20 é o combate à fome, à pobreza e à desigualdade. O segundo é o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento às mudanças climáticas e a transição energética. O terceiro eixo é a reforma da governança global para resolver conflitos.

"A Aliança nasce no G20, mas seu destino é global. Que esta cúpula seja marcada pela coragem de agir", acrescentou o presidente brasileiro. O Brasil lançou oficialmente a Aliança Global de Combate à Fome com adesão de 81 países. A iniciativa tem, ao todo, apoio de 147 países e organismos internacionais. A Argentina, sob presidência de Javier Milei, não assinou.

Ao todo, 19 chefes de Estado e de Governo estão no Rio de Janeiro para debaterem um documento que chegue a um consenso entre os três eixos que marcaram a presidência brasileira no G20 ao longo de um ano. A única ausência é do presidente russo, Vladimir Putin, que está sendo representado pelo ministro das Relações Exteriores do país, Sergei Lavrov.

Fonte: Redação Terra
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