Lula se reúne com Zelensky e aponta conversa sobre 'caminhos para a construção da paz'

Segundo o chanceler brasileiro Mauro Vieira, petista e o presidente da Ucrânia trocaram informações sobre os países e a situação do mundo

20 set 2023 - 20h25
Lula se reúne com Zelensky em hotel em Nova Iorque
Lula se reúne com Zelensky em hotel em Nova Iorque
Foto: Divulgação/X/@LulaOficial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira, 20, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Os dois se encontraram em um hotel de Nova York, pouco depois das 17h, e conversaram por cerca de uma hora e 10 minutos.

Na reunião, os presidentes trocaram informações sobre os países e a situação do mundo, segundo o chanceler brasileiro, Mauro Vieira. "[O encontro foi] natural, aberto, com clima desprendido e de cooperação", aponta o ministro.

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O petista compartilhou uma foto com Zelensky nas redes sociais após o encontro. Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), Lula afirmou que eles tiveram "uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz". 

Os dois líderes também instruíram suas equipes e seus respectivos chanceleres a manter contato para desenvolver relações bilaterais e discutir a paz, informou a agência de notícias Ansa. Esse foi o primeiro encontro pessoalmente dos dois líderes, que antes só haviam se falado por videoconferência.

Lula e Zelensky estão em Nova York, nos Estados Unidos, por ocasião da abertura da Assembleia-Geral da ONU. O governo brasileiro havia oferecido duas opções de data para o ucraniano, que nesta segunda-feira, 18, confirmou sua participação.

O encontro acontece quatro meses após o polêmico desencontro entre os dois líderes às margens da cúpula do G-7, em Hiroshima, e depois de Lula dizer repetidas vezes que a Ucrânia também tinha responsabilidade na invasão da Rússia, e defender que os ucranianos deveriam abrir mão de território ocupado por Vladimir Putin para chegar a um acordo que colocassem fim à guerra.

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Lula na ONU

O presidente brasileiro abriu a 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos, na terça-feira, 19, reafirmando o compromisso de seu governo em combater as desigualdades raciais. No mesmo discurso, o líder político destacou a necessidade de uma união global contra a fome e a adoção de medidas urgentes contra mudanças climáticas.

Essa é a oitava vez que Lula abre o principal evento anual da ONU como presidente do Brasil. Em seu retorno neste ano, o presidente apresentou o compromisso de criar o 18º objetivo de desenvolvimento sustentável.

"No Brasil, estamos comprometidos a implementar todos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, de maneira integrada e indivisível. Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente", disse o presidente em sua fala no evento da ONU.

Em nota oficial, o Ministério da Igualdade Racial (MIR) afirmou ser responsável pela criação do novo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em articulação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

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O novo objetivo, segundo a publicação, é contar com onze metas e ter entre as prioridades combater o homicídio de jovens negros e indígenas e o feminicídio.

"Trabalhamos na construção de 11 metas, entre elas, buscar a igualdade racial com o aperfeiçoamento e a consolidação de políticas de ações afirmativas e eliminar todas as formas de violência contra afrodescendentes e povos originários nas esferas pública e privada, em particular o homicídio de jovens e o feminicídio", disse a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em nota.

O presidente encerrou sua fala chamando a atenção dos líderes presentes para a indignação com a desigualdade, fome, pobreza, guerra e o desrespeito ao ser humano. "Somente movidos pela força da indignação poderemos agir com vontade e determinação para vencer a desigualdade e transformar efetivamente o mundo ao nosso redor", finalizou em meio a aplausos.

Fonte: Redação Terra
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