Macaé Evaristo tomou posse como ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania nesta sexta-feira, 27, no Palácio do Planalto. A posse ocorre 18 dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter nomeado ela ao cargo. Agora, ela ocupa a vaga que antes era de Silvio Almeida, demitido depois de uma série de acusações de assédio sexual.
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A professora e assistente social está à frente da Pasta desde o dia 11 de setembro e já tem cumprido agenda ao lado do presidente Lula. Em seu discurso, Macaé disse que a vocação do "ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania cuidar da diversidade do País".
"Tomo posse como ministra sem perder de vista que a minha maior credencial é ser uma pessoa absolutamente comum. Ser mulher preta, professora, do interior de Minas Gerais, de Belo Horizonte, cidade que me acolheu, de uma família chefiada por mulher negra e professora", afirmou.
Macaé foi eleita para seu primeiro mandata como deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em Minas Gerais em 2022. Ela já atuou no governo federal anteriormente, entre 2013 e 2014, na gestão de Dilma Rousseff. No período, ela foi titular da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC).
"Infelizmente, na nossa sociedade brasileira, muita gente tem concepção que direitos humanos é uma coisa de quem defende bandido. A gente tem um desafio fundamental para construir a ação destes ministérios", declarou.
A nova ministra finalizou seu discurso com a letra do samba Força da imaginação, da compositora Ivone Lara, e completou: "Temos tarefas concretas e muita coisa pra fazer".
Macaé Evaristo nasceu em São Gonçalo do Pará (MG) em 1965. Ela é graduada em Serviço Social (PUC-MG), mestre e doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela também foi a primeira mulher negra a ocupar cargos na secretária de Educação de Belo Horizonte (2005 a 2012) e na secretária de Educação do Estado de Minas Gerais (2015 a 2018).