O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou a possibilidade de abrir um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro em seu último dia na função. "Eu nunca disse que ia dar (abertura a um processo)", afirmou ao ser questionado.
Ao também ser perguntado se nesta segunda-feira, 1º, daria o aval ainda para uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a conduta do governo federal durante a pandemia de covid-19, ele questionou se há assinaturas suficientes para isso.
O pedido em prol da CPI é da oposição, que precisa conseguir o apoio formal de 171 deputados para protocolar o requerimento da CPI.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ameaçou em reunião reservada com aliados no domingo aceitar um dos pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, seu último dia no cargo, disseram a GloboNews e os jornais Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo.
De acordo com esses veículos, a ameaça foi uma reação de Maia à decisão de seu partido, o DEM, de retirar apoio ao candidato à presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP), apoiada por Maia.
Após a ameaça, o presidente do DEM, ACM Neto, de acordo com as reportagens, teria acertado que o partido ficará neutro na disputa. Havia a possibilidade de a sigla ingressar no bloco de Arthur Lira (PP-AL), rival de Baleia na disputa e candidato apoiado por Bolsonaro.
Câmara e Senado elegem nesta segunda os sucessores de Maia e de Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente. Maia participa na manhã desta segunda da cerimônia de abertura do ano do Judiciário antes da sessão preparatório para a eleição da Mesa Diretora da Câmara, marcada para 19h.