A maioria dos brasileiros desaprova a participação de militares na ativa em eventos políticos e em cargos do governo. De acordo com a pesquisa Datafolha, 62% dos entrevistados não concordam com a presença de fardados nesses tipos de atos, como fez o general da ativa Eduardo Pazuello, em 23 de janeiro, quando esteve ao lado do presidente em um palanque.
O levantamento aponta que 39% da população classifica a atitude como “aceitável” e 4% não souberam opinar.
De acordo com o Estatuto dos Militares, lei de 1980, e o regulamento disciplinar do Exército, de 2002, fardados na ativa não devem estar presentes em qualquer tipo de manifestação política ou reivindicatória.
Mesmo assim, não houve punição para Pazuello. Após sair do cargo de ministro da Saúde, o general agora ocupa uma vaga no Palácio do Planalto. Questionado sobre a atitude, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que seu ex-ministro não havia cometido nenhuma irregularidade, porque estava “apoiando a pessoa física do presidente”.