Manifestações não desestabilizam governo, diz Mourão

Vice-presidente afirmou que acredita que as manifestações foram pontuais

16 mai 2019 - 13h14
(atualizado às 13h52)

As manifestações que ocuparam as ruas de várias cidades do país na quarta-feira não desestabilizam o governo e são uma coisa pontual, avaliou nesta quinta-feira o vice-presidente Hamilton Mourão.

"Não vejo isso", disse, ao ser perguntado se afetaria o governo do presidente Jair Bolsonaro. "Todos os protestos foram de forma tranquila, com exceção do Rio de Janeiro, que aí aparecem aqueles infiltrados em final de atividade."

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Manifestação pela educação no centro do Rio de Janeiro 15/5/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Manifestação pela educação no centro do Rio de Janeiro 15/5/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Questionado se havia um risco de as manifestações cresceram, como aconteceu com as chamadas jornadas de junho, em 2013, que abalaram o governo da então presidente, Dilma Rousseff, Mourão disse acreditar que os protestos, contra o contingenciamento das verbas para educação, foram pontuais.

"Eu não posso dizer isso, mas eu julgo que não (há risco de crescerem). Foi uma coisa pontual e à medida que todas as decisões que o governo está tomando e, principalmente, tenho certeza que vai ser aprovada a nova Previdência no final de julho, início de agosto, isso vai mudar as expectativas econômicas e os recursos vão voltar às universidades e aos outros setores do governo e a vida vai seguir seu curso normal", afirmou.

Os protestos reuniram dezenas de milhares de pessoas na quarta-feira em cidades de todo o país. O foco foi o contingenciamento que atingiu as universidades, em torno de 30% das chamadas verbas discricionárias -usadas para pagar água, luz, manutenção e insumos de laboratórios, entre outros.

Apesar de ressaltar que as manifestações são uma forma da sociedade mostrar o "desencanto" com algumas coisa que acontecem, o vice-presidente voltou a ressaltar que houve "exploração política".

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"Se era um protesto pela educação por que tinha 'Lula Livre'?", disse.

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