MBL acampa em frente à casa de Cunha e pede saída de Dilma

Manifestantes pedem que presidente da Câmara, investigado na Lava Jato, ponha impeachment de Dilma para votar

31 jul 2015 - 15h58
(atualizado às 15h59)

Integrantes do Movimento Brasil Livre estão acampados em frente à residência oficial do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os manifestantes pedem que o deputado coloque em pauta os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O grupo protocolou um pedido de impeachment no dia 27 de maio. “Agora estamos aqui para exigir que ele coloque para votar esse pedido logo após o final do recesso (parlamentar)”, disse Fernando Silva, coordenador nacional do movimento.

“Ô Cunha, não me enrola, bota o impeachment para ela ir embora”, gritaram manifestantes
“Ô Cunha, não me enrola, bota o impeachment para ela ir embora”, gritaram manifestantes
Foto: Agência Brasil

Na manhã desta sexta-feira (31), quando Cunha deixou sua casa em direção ao aeroporto, os manifestantes gritaram: “Ô Cunha, não me enrola, bota o impeachment para ela ir embora”.

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Até o momento, foram protocolados 13 pedidos na Câmara. Na semana passada, o deputado solicitou aos autores que reformulassem os documentos de acordo com os requisitos do regimento da Câmara, para que pudessem ser apreciados pela Mesa Diretora. Questionado sobre a devolução dos pedidos para que sejam corrigidos os erros, Cunha argumentou que fez o que entendeu que deveria ser feito. O deputado  já disse que, embora tenha anunciado o rompimento com o governo federal, analisará os pedidos com base em fundamentos legais.

Os cerca de 30 manifestantes estão se revezando em seis barracas e pretendem ficar acampados até a próxima terça-feira (4). “Conseguimos falar com ele (Eduardo Cunha) na própria quarta-feira (29), quando ele deu justificativas de que está analisando todos os pedidos juridicamente. Mas nós queremos uma resposta mais enfática, uma resposta que satisfaça de fato a vontade das ruas”, disse Fernando Silva.

Ministros e líderes do governo têm dito que não existem razões para um possível impeachment da presidente. Em entrevistas anteriores, a presidente disse que não teme o impeachment por entender que não há “base real” para um eventual processo. Dilma afirmou, ainda, considerar que o assunto tem caráter de luta política contra seu governo.

Agência Brasil
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