O senador norte-americano Bernie Sanders se irritou com manifestantes que protestavam contra a presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos Estados Unidos. Lula viajou até o país para um encontro com Joe Biden na Casa Branca, em Washington, D.C.
O petista também se reuniu com o senador, que tentou dar entrevista para veículos da imprensa nessa sexta-feira, 10, para comentar a reunião com o chefe do Executivo no Brasil.
Enquanto tentava falar, Sanders foi interrompido por um grupo que protestava e gritava "Lula ladrão, seu lugar é na prisão". Visivelmente incomodado, o senador chamou atenção dos manifestantes e pediu silêncio, mas não teve sucesso. Mesmo com os gritos ao fundo, Sanders falou com jornalistas e criticou extremistas na política.
"Há uma grande ameaça por parte dos extremistas da direita, sejam eles de [Donald] Trump ou de [Jair] Bolsonaro", afirmou. "Eles tentam minar a democracia, e nossa tarefa é fortalecer a democracia no Brasil, nos Estados Unidos e no mundo".
Encontro com Lula
Lula se reuniu nessa sexta-feira com o senador Bernie Sanders horas antes da reunião formal entre o petista e Joe Biden na Casa Branca.
"Com o senador Sanders, que tive o prazer de conhecer ao vivo hoje. Já tínhamos conversado em reunião por vídeo antes. Falamos sobre democracia, movimento sindical e melhores direitos e empregos para trabalhadores", escreveu Lula em suas redes sociais.
Com o @SenSanders , que tive o prazer de conhecer ao vivo hoje. Já tínhamos conversado em reunião por vídeo antes. Falamos sobre sobre democracia, movimento sindical e melhores direitos e empregos para trabalhadores.
📸: @ricardostuckert pic.twitter.com/dTvxHU7xIF
— Lula (@LulaOficial) February 10, 2023
Também no Twitter, Sanders afirmou que era "um prazer receber Lula em Washington".
"Discutimos a importância de defender a democracia, promover os direitos dos trabalhadores e aumentar a cooperação ambiental e climática em todo o mundo", acrescentou.
A viagem de Lula aos EUA é a terceira desde que assumiu a Presidência, depois de Argentina e Uruguai, e tem como principais pautas a defesa da democracia, as questões ambientais e os direitos humanos.
