O apresentador Marcelo Tas se pronunciou após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas aprovar a quebra de sigilo bancário do jornalista e dos atores Tatá Werneck e Cauã Reymond. Intimado a depor à CPI, o comunicador afirmou que "não tem nada a esconder".
A intimação e a quebra de sigilo bancário foram comentados na bancada do Jornal da Cultura, da TV Cultura, exibido na última quarta-feira, 23. A comissão investiga esquemas de pirâmides financeiras com uso de criptomoedas. Tas, Tatá e Reymond atuaram em publicidades para uma das empresas investigadas.
"Fui intimado como investigado de uma CPI, de uma maneira absolutamente esdrúxula", afirmou o jornalista, que diz estar à disposição dos deputados, mas questiona as motivações para a convocação.
"Chama-se a atenção de atores e comunicadores que têm contratos feitos com essas empresas. Imagina se todo mundo que fez propaganda para a Americanas, por exemplo, fosse intimado para ir à CPI?", ponderou o jornalista, em referência à comissão que investiga a fraude que inflou os resultados da varejista.
"Hoje, um senhor deputado que eu não vou dar o nome aqui pediu a quebra do sigilo bancário meu, da Tatá e do Cauã. O que significa isso?", questionou Tas, citando indiretamente o deputado federal Delegado Paulo Bilynskyi (PL-SP), que encabeça mais 22 requerimentos direcionados à comissão.
O jornalista sugeriu que os pedidos de intimação e quebra de sigilo bancário podem se tratar de tentativas de esconder acontecimentos recentes. "Agora, o partido desse deputado que tanto me intimou como investigado quanto que pediu a quebra do sigilo, adivinha de que partido que ele é? Duas letrinhas: do PL. Não estou acusando o deputado de querer esconder coisas do Bolsonaro, mas é do partido do ex-presidente".