O tenente-coronel Mauro Cid relatou à Polícia Federal que o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria expressado apoio ao golpe de Estado proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante uma reunião com a cúpula das Forças Armadas logo após o segundo turno das eleições.
De acordo com informações da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, o almirante teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a trama proposta pelo então presidente. Por outro lado, o comando do Exército declarou que não apoiaria o plano golpista.
Cid prestou depoimento no dia 31 de agosto, no inquérito que investiga o suposto esquema de venda e devolução das joias recebidas pelo ex-presidente por autoridades estrangeiras. O acordo de delação premiada foi acertado dias depois, e deferido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais.
O ex-ajudante de ordens é considerado peça central nos inquéritos que apuram os ataques às urnas eletrônicas, os atos golpistas, as fraudes no cartão de vacinação do ex-chefe do Executivo e o suposto esquema de venda de joias e presentes entregues a Bolsonaro.