O vereador e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Andrea Matarazzo, entregou uma carta de desfiliação à executiva do PSDB nesta sexta-feira (18) depois que a legenda revogou a decisão do adiamento das prévias para definir o candidato da sigla à eleição para prefeito de São Paulo.
Em nota, Matarazzo afirmou que “diante dos acontecimentos nas prévias não me resta outra alternativa do que me desfiliar do partido depois de 25 anos”. Ele comparou o comportamento de uma parte do PSDB ao PT e criticou a suposta compra de votos e o uso de máquina pública nas prévias municipais.
“Eu entrei nessa prévia para ser o prefeito de São Paulo e não para ser cabo eleitoral para 2018. Não tenho motivos para legitimar estas prévias fraudulentas do PSDB”, lamentou Matarazzo, em nota.
Em entrevista por telefone a O Financista, Matarazzo não poupou críticas ao adversário João Doria, que se tornou o único candidato das prévias da sigla tucana. “Ele é uma piada pronta. Houve flagrante uso da máquina estatal para auxiliar o Doria”, se referindo a uma iniciativa do governador Geraldo Alckmin para promover a pré-candidatura do empresário. "Não dá para ficar em um partido em que o governador usa a máquina pública para apoiar seu pré-candidato. Não tem porque eu legitimar uma fraude", completou.
O segundo turno das prévias municipais do PSDB aconteceriam neste domingo (20). Na quinta-feira (17), a legenda revogou a decisão do adiamento das prévias para 30 de abril e que atendia pedido de Matarazzo. O PSDB confirmou a saída do vereador, mas não informou quais serão as mudanças nas prévias municipais.