A esposa de Mauro Cid obteve um certificado de vacinação contra a Covid-19 falso cerca de um ano antes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O tenente-coronel Mauro Cid foi preso pela Polícia Federal (PF) na quarta-feira, 3, e teria tentado diversos meios para conseguir falsificar o documento que comprova a imunização no ConecteSUS.
O objetivo de Cid era que a esposa, Gabriela Santiago Cid, pudesse viajar aos Estados Unidos sem ter tomado a vacina, já que o país exige a vacinação para estrangeiros, segundo o G1. Com ajuda de militares do Exército e até de um médico, Mauro conseguiu incluir os dados da mulher no sistema do Ministério da Saúde e obteve cartões de vacinação físicos com dados falsos sobre doses de vacina em nome dela. O objetivo era fazer com que as informações fraudulentas de vacinação de Gabriela fossem inseridas no ConecteSUS, de acordo com a polícia.
A mulher teria usado o comprovante fraudado para viajar três vezes aos Estados Unidos. Além disso, as filhas de Mauro Cid também tiveram comprovantes de vacinação fraudados. Mauro Cid e a família dizem que vão se manifestar quando tiverem acesso aos autos do processo
De acordo com a PF, os envolvidos devem responder por crime de falsidade ideológica, por inserir declaração falsa em documento público, conduta tipificada no art. 299 do Código Penal.