Mauro Cid é investigado por lavagem de dinheiro após PF apreender R$ 174 mil em espécie

Polícia também descobriu uma conta em banco de Miami, nos Estados Unidos

8 mai 2023 - 11h14
(atualizado às 13h21)
Foto: CartaCapital

Durante a Operação Venire, que investiga um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19, a Polícia Federal encontrou a quantia de US$ 35 mil, cerca de R$ 174 mil, além de R$ 16 mil em espécie, dentro de um cofre na casa do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid. Agora, o tenente-coronel também é investigado por lavagem de dinheiro.

Cid está preso desde a última quarta-feira, 3, quando a PF deflagrou a ação. Além dele, outras cinco pessoas, incluindo também dois dos seguranças do ex-presidente também foram alvos de mandado de prisão. 

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De acordo com o Fantástico, da TV Globo, os investigadores que encontraram o dinheiro na casa do ex-ajudante de ordens tentam seguir o rastro para saber se onde veio o valor. A investigação descobriu que ele mantém uma conta bancária em Miami, nos Estados Unidos, de onde teria sacado os dólares em uma viagem em março deste ano. 

Dinheiro em espécie foi encontrado dentro de cofre na casa de Mauro Cid
Foto: Reprodução/TV Globo

A conta é mantida no BB Americas, subsidiária internacional do Banco do Brasil. Conforme aponta a reportagem, o que a polícia sabe é que Cid embarcou de Campinas, no interior de São Paulo, no dia 26 de março, para Fort Lauderdale, na Flórida. Ele voltou dois dias depois, um dia antes da volta de Bolsonaro ao Brasil. A suspeita é de que ele tenha ido à uma agência para retirar os dólares.

A PF apura se os valores foram declarados quando ele chegou ao Brasil. Agora, a Polícia tenta a quebra do sigilo da conta de Miami para levantar a movimentação financeira. 

Em nota ao Fantástico, o BB e todas as empresas do seu conglomerado possuem protocolos rígidos de acompanhamento das movimentações financeiras de seus clientes e respeita integralmente a legislação e regulamentação bancária em todos os países onde atua. Todo indício de irregularidade em movimentação financeira é prontamente comunicado aos órgãos reguladores, seja no Brasil ou no Exterior. Em respeito ao sigilo bancário, o BB não comenta as movimentações financeiras de seus clientes.

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Em entrevista à Globo News, Rodrigo Roca, advogado de Cid, afirmou que o dinheiro "não veio de cueca ou de mala", veio de trabalho. "É um fato conhecido, que todo militar que faz uma missão no exterior, tem em seu favor, aberto uma conta bancária no Banco do Brasil em Miami. Lá são depositados os soldos, e isso foi comprovado imediatamente à Polícia Federal. Na minha opinião, essa verba sequer poderia ter sido apreendida", declarou. 

Além do suposto esquema de fraude nos cartões de vacinação, Cid também é investigado em outros três inquéritos da PF, entre eles, o das joias sauditas apreendidas no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Fonte: Redação Terra
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