Mauro Cid nega relação pessoal com Bolsonaro: "Minha nomeação jamais teve qualquer ingerência política"

Tenente-coronel presta depoimento nesta terça-feira, 11, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro

11 jul 2023 - 11h02
(atualizado às 11h42)
Foto: Reprodução: TV Senado

Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, Mauro Cid explicou como ocorre a escolha dos ajudantes de ordem do presidente e ressaltou que não existia vínculo pessoal entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Minha nomeação jamais teve qualquer ingerência política. (...) Não estava na minha esfera de atribuições de analisar propostas ou demandas trazidas. Não participávamos da gestão pública", disse

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Cid presta depoimento nesta terça-feira, 11, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro sobre a sua ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no período em que trabalhou para ele como ajudante de ordens da Presidência. Cid está preso há 68 dias no Batalhão da Polícia do Exército em Brasília. Ele já checou ao Senado e o depoimento deve começar em breve.

Expectativa da comissão

Os deputados e senadores da CPMI querem saber por que Cid decidiu viajar para uma cidade próxima à que Bolsonaro escolheu para passar a sua estadia nos Estados Unidos.

Cid também não escapará de ser questionado sobre o motivo de ter fraudado os cartões de vacinação da família Bolsonaro. Foi a adulteração dos dados do ex-presidente e de seus familiares no sistema de informações do Ministério da Saúde que levou Cid à prisão por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado identificou a fraude enquanto investigava suspeitas de participação do ex-ajudante de ordens em movimentos golpistas.

No âmbito dessa investigação, a Polícia Federal (PF) encontrou no celular de Mauro Cid o roteiro para um "golpe de Estado". O documento, distinto do que foi apreendido na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, dá um passo a passo em oito etapas para que as Forças Armadas assumam o comando do País diante da derrota do ex-presidente nas urnas.

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Fonte: Redação Terra
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