O ex- ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal na tarde de segunda-feira, 22, no inquérito que investiga o caso das joias sauditas, apreendidas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Desta vez, ele respondeu a todos os questionamentos feitos pelos agentes.
De acordo com a Globo News, ele foi ouvido durante uma videoconferência, uma vez que está preso em Brasília, e o caso é investigado pela equipe da PF de São Paulo. Os questionamentos foram feitos à Cid após outras oitivas colhidas pela investigação.
O depoimento realizado estava marcado para ocorrer no dia 3 de maio, mas precisou ser remarcado após a prisão do ex-ajudante de ordens, na Operação Venire, que investiga fraudes na carteira de vacinação contra a covid-19 de Bolsonaro. Ainda não há informações sobre as declarações feitas pelo tenente-coronel na oitiva.
No caso das joias, em outro depoimento, ele já havia confirmado que recebeu o pedido do ex-presidente para tentar reaver as joias retidas pela Receita Federal, trazidas na mala do ex-ministro Bento Albuquerque. Na época, Bolsonaro que só soube da apreensão em 2022, e acionou os auxiliares para evitar um suposto “vexame diplomático”.
Conforme divulgado pelo Estadão, o conjunto de colar, anel, par de brincos e relógio em ouro branco e diamantes da marca suíça Chopard, avaliado em R$ 16,5 milhões, foi um presente do regime da Arábia Saudita. Outros dois kits, com relógio, caneta, terço islâmico e abotoaduras, também vieram a público.