Meirelles projeta PIB de 3% em 2019 caso vença as eleições

Em evento no Rio, pré-candidato do MDB minimizou turbulências no partido e disse que vitória na convenção está garantida

17 jul 2018 - 14h14
(atualizado às 14h33)

RIO - O pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles, negou que o desempenho da economia neste ano possa prejudicar a sua candidatura nas eleições 2018, e projeta que o PIB vai crescer caso ele seja eleito. "A economia não cresce porque existe incerteza com alguns candidatos, mas vamos ganhar e o Brasil vai decolar, e vamos ter crescimento acima de 3% em 2019" disse.

Meirelles também minimizou o fim da executiva estadual do partido em Minas Gerais. Para ele, a vitória na convenção do MDB já está garantida. "O importante é que teremos o apoio dos parlamentares de Minas que mantêm o voto na convenção nacional. A margem que nós temos na convenção é muito ampla, e não será uma diferença de poucos votos que vai ser decisivo", disse a jornalistas um pouco antes de fazer uma palestra para empresários associados ao Lide no Copacabana Palace, tradicional hotel da zona sul do Rio.

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Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda de Temer e ex-presidente do Banco Central de Lula
Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda de Temer e ex-presidente do Banco Central de Lula
Foto: Fábio Motta / Estadão

Segundo ele, a vitória já está garantida na convenção do MDB "com mais de 450 votos", independentemente da questão de Minas Gerais. Na segunda-feira, 16, o presidente do MDB, Romero Jucá, dissolveu a Executiva Estadual do partido em Minas, abrindo espaço para uma aliança com o PT no Estado.

"Já temos mais de 450 votos assegurados na convenção independentemente da questão de Minas Gerais, que assim mesmo terá 17 votos na convenção", explicou. Ele negou que haja divergência em relação à sua candidatura dentro do partido, afirmando que haver alguma diversidade é até positivo, já que o MDB é um partido amplo e nacional e "a divergência qualifica o debate".

Ele destacou o crescimento das intenções de votos no seu nome, e avaliou que a melhora perante a opinião pública está vindo antes do esperado. Para ele, será apenas uma questão de tempo para que os eleitores conheçam a sua história profissional e garantam a vitória nas urnas.

"Eu não tenho nenhum tipo de acusação de processo, minha carreira é transparente. Retiramos o País da maior recessão da história", disse o ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Temer. Ele informou que já está conversando com outros partidos para formar alianças, mas não revelou quem seriam os primeiros a serem anunciados.

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