Meninas de 12 anos baleada por bolsonarista após vitória de Lula é sepultada em BH

Luana e outras quatro pessoas foram baleadas após a vitória do petista. Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, morreu no dia do crime

4 nov 2022 - 21h46
Luana Rafaela, de 12 anos, foi baleada durante comemoração da vitória de Lula em BH
Luana Rafaela, de 12 anos, foi baleada durante comemoração da vitória de Lula em BH
Foto: reprodução/redes sociais

A adolescente Luana Rafaela Oliveira Barcelos, de 12 anos, baleada após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, foi sepultada nesta sexta-feira, 4, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Além de Luana, outras quatro pessoas foram feridas pelos tiros no último domingo, 30. Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos, também não resistiu aos ferimentos e morreu na noite do crime

Nesta sexta, amigos e familiares de Luana compareceram ao velório, durante a manhã e parte da tarde, na Vila Imperial, Zona Oeste de Belo Horizonte, e lamentaram o ocorrido. Além de abalada, a família da menina pediu por Justiça e publicou homenagens à jovem nas redes sociais. 

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Na noite de domingo, 30, após o resultado das apurações indicar a vitória de Lula sobre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), um homem atirou aleatoriamente no bairro Nova Cintra, em BH. Luana, Pedro e uma mulher de 47 anos foram baleados na porta de uma garagem onde a família da adolescente celebrava a vitória do petista. 

Segundo a Polícia Militar, o criminoso ainda atirou de raspão contra outras duas vizinhas, uma mulher de 40 e outra de 47 anos. O suspeito, identificado como Ruan Nilton da Luz, tentou fugir, mas foi detido e segue preso desde a noite em que cometeu o crime. 

Por redes sociais, colegas, amigos e familiares de Luana Barcelos homenagearam a garota. "Hoje o céu ganha mais uma estrelinha! Meu Deus! Eu não consigo acreditar que você se foi. Vou sentir muito a sua falta. Você foi uma menina maravilhosa, amiga, um amor de pessoa", disse uma amiga. "Só Jesus para consolar nossos corações", afirmou uma parente.

Pedro Henrique foi baleado enquanto comemorava vitória de Lula nas eleições
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Polícia investiga motivação

A Polícia Civil mineira permanece investigando se o crime teria ocorrido por motivação política, mas não descarta outras hipóteses. As autoridades encontraram com Ruan duas pistolas, uma calibre 9 mm e outra, 380. As armas tinham 15 munições. Também foram encontrados com o acusado dois carregadores com 17 munições de 9 mm e, outro, com 15 munições de 380, além de uma faca.

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Após a prisão, a polícia descobriu que ele tem registro das armas encontradas e é certificado como CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), documento que é emitido pelo Exército. Na casa do acusado, a polícia ainda encontrou um pequeno arsenal: um rifle, duas pistolas e 500 munições de diversos calibres.

Ele confessou ter atirado contra o grupo, disse que passou o domingo tomando bebidas alcoólicas, até ficar "desorientado" e decidir pegar as armas e sair de casa. Ele alegou ainda que sofre de ansiedade e outros problemas psiquiátricos e, há um mês, não tomava seus medicamentos, controlados e de uso contínuo.

O acusado ainda declarou à polícia que, na noite do crime, foi até um beco próximo para "tirar satisfação" com traficantes de drogas que atuam no local, mas ao não encontrar ninguém, continuou andando por uma rua, quando avistou o grupo e resolveu atirar de forma indiscriminada, atingindo Luana Barcelos e Pedro Henrique Soares.

Fonte: Redação Terra
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