Mercadante: panelaços ocorreram em cidades onde o PT perdeu

O petista ainda disse que a manifestação pacífica é legítima, mas pediu tolerância e defendeu que o resultado das urnas seja reconhecido

9 mar 2015 - 12h52
(atualizado às 13h23)

O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira que o “panelaço” realizado ontem durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff ocorreu em cidades e bairros onde o PT não venceu as eleições. O petista disse que a manifestação pacífica é legítima, mas pediu tolerância e defendeu que o resultado das urnas seja reconhecido.

<p>O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante</p>
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

“Vimos hoje pela imprensa a manifestação de algumas cidades, em geral onde perdemos as eleições, em bairros em que nós perdemos as eleições, que tivemos uma derrota significativa”, disse Mercadante, no início de uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

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Para o petista, é direito do cidadão discordar do governo, mas a radicalização depois de uma eleição polarizada preocupa. “Tivemos uma eleição bastante polarizada, que teve momentos de radicalização. Nós precisamos construir uma cultura de tolerância, de diálogo, de respeito. É isso que ajuda a construir uma agenda de convergência, podendo superar as dificuldades conjunturais e poder não só assegurar a estabilidade econômica e das instituições, mas a recuperação do crescimento econômico”, disse o ministro, que não comentou a série de protestos marcados contra a presidente no próximo dia 15.

Mercadante disse que Dilma tentou fazer isso em seu pronunciamento – dialogar para superar as dificuldades econômicas – e partiu para a defesa do ajuste fiscal promovido pelo governo. “Ajuste fiscal é agradável? Não. É mais ou menos como um dentista, de vez em quando tem que ir num dentista. Tem que fazer o ajuste fiscal. Quanto mais rápido, melhor. Vamos debater a proposta. A democracia não pode ter a intolerância como proposta”, disse o ministro.

Fonte: Terra
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