Michelle Bolsonaro afirma que foi a única da família que se vacinou contra a covid-19

Jair Bolsonaro é um dos alvos da investigação de um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19

3 mai 2023 - 12h30
(atualizado às 19h34)
Polícia Federal faz buscas na casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante Mauro Cid
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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que foi a única que se vacinou contra a covid-19 em sua casa. A afirmação veio após a Polícia Federal deflagrar a Operação Venire, que investiga um esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação em sistemas do Ministério da Saúde. Jair Bolsonaro (PL) é um dos alvos da ação. 

Em seu Instagram, ela disse que a família foi surpreendida ao receber agentes em sua residência. "Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa. Não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos", escreveu.

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Segundo ela, apenas o celular do marido foi apreendido. 

"Ficamos sabendo, pela imprensa, que o motivo seria 'falsificação de cartão de vacina' do meu marido e de nossa filha, Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada", declarou nas redes sociais. 

Foto: Infográfico: Redação Terra

Em entrevista à CNN Brasil, Bolsonaro declarou mais uma vez que não se vacinou, e disse que tem o laudo médico quanto à não imunização da filha de 12 anos, Laura. 

"O objetivo da busca e apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro: cartão de vacina. O que eu tenho a dizer a vocês: Eu não tomei a vacina, foi uma decisão pessoal minha depois que eu li a bula da Pfizer. O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado. Ela tomou a vacina nos Estados Unidos, a Janssen. E a outra é minha filha, eu respondo por ela, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tenho o laudo médico no tocante a isso", alegou. 

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Operação Venire

A operação que prendeu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, investiga um suposto esquema de inserção de dados falsos em carteiras de vacinação contra a covid-19, por meio do sistema do Ministério da Saúde. Intitulada Venire, a ação realizada pela Polícia Federal foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito das 'milícias digitais'.

Ao todo foram presas seis pessoas. Entre elas estão:

• Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; 

Max Guilherme, ex-sargento do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e segurança do ex-presidente;

• Sergio Cordeiro, também segurança de Bolsonaro;

• João Carlos de Souza Brecha, secretário Municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ).

A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o presidente Jair Bolsonaro no parlatório do Palacio do Planalto, em 2019
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Além disso, também foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão. Entre os endereços alvo estão o do ex-chefe do Executivo. No local, a PF apreendeu o celular de Bolsonaro, mas o de Michelle Bolsonaro teria sido poupado.

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A investigação apura a falsificação de dados das seguintes carteiras de vacinação:

• Jair Bolsonaro;

Laura Bolsonaro, filha do ex-presidente; 

• Mauro Cid, da esposa e filha, cujos nomes não foram divulgados.

A operação foi deflagrada em Brasília e no Rio de Janeiro. Conforme a PF, os dados falsos teriam sido inseridos nos sistemas SI-PNI e RNDS, do Ministério da Saúde, entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. O objetivo era burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelo Brasil e Estados Unidos. Bolsonaro foi para os país norteamericano no final de seu mandato, juntamente com os dois seguranças presos.

Fonte: Redação Terra
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