A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usou o seu Instagram para se manifestar sobre a polêmica envolvendo a morte de peixes do espelho d'água do Palácio da Alvorada, em Brasília, após ordem para que moedas - jogadas por visitantes - fossem retiradas do local.
Nas redes sociais, Michelle disse que o valor foi doado para uma instituição de caridade. Ela também afirmou que a secagem do espelho d'água foi feita após o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e culpou servidores pela morte das carpas.
Segundo a ex-primeira-dama, o local passa por limpeza e manutenção periódica e, antes de deixar o Alvorada em 30 de dezembro, ela pediu que as moedas fossem recolhidas e doadas para uma institução de seu desejo. "Dessa forma, elas proporcionariam alegria e refrigério a essas pessoas que poderiam ver atendidas algumas de suas necessidades de subsistência", escreveu.
A doação ocorreu, ainda de acordo com Michelle, no dia 8 de janeiro. A ex-primeira-dama também postou o recibo da doação e um vídeo em que um representante da ONG agradece Michelle. Os valores, porém, são diferentes. O recibo traz o valor de R$ 2.213,55 doados para a "Vila do Pequenino Jesus". No vídeo, o representante menciona um valor maior, de R$ 2.281.
Michelle Bolsonaro seguiu se manifestando no Instagram e disse que a manutenção no espelho d'água foi realizada no dia 2 de janeiro, "portanto, após a nossa saída do Palácio", escreveu. "Houve relatos de que, no dia 10/01, alguns peixes começaram a morrer. Portanto, toda a operação de retirada dos peixes e limpeza do espelho d'água ocorreu muito depois de nossa saída da residência."
A ex-primeira-dama ainda culpou indiretamente servidores do Palácio da Alvorada. Ela menciona o servidor Francisco que, segundo ela, foi exonerado, e diz que se houve algum substituto, "ele, aparentemente, não cumpriu com o seu dever de zelar pelas instalações."
Francisco é o servidor que teria mandado secar o espelho d'água após o pedido de Michelle Bolsonaro para recolher as moedas, segundo relatou um funcionário do Alvorada ao site Metrópoles. Com a ordem, os peixes acabaram morrendo. A reportagem também cita Francisco como homem de confiança de Michelle, próximo da família Bolsonaro, e integrante de uma igreja evangélica.