Michelle Bolsonaro dá explicação sobre o sumiço de móveis do Alvorada e critica gastos de Lula

Segundo o atual governo, 83 móveis seguem desaparecidos no Palácio da Alvorada

17 abr 2023 - 08h52
(atualizado às 09h47)
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o presidente Jair Bolsonaro no parlatório do Palacio do Planalto, em 2019
A primeira-dama Michelle Bolsonaro e o presidente Jair Bolsonaro no parlatório do Palacio do Planalto, em 2019
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deu sua versão sobre o sumiço dos móveis do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência, em vídeos publicados em seu Instagram na noite de domingo, 18. Ela aproveitou o momento para criticar os gastos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da primeira-dama, Janja da Silva, sem citar nomes.

Michelle Bolsonaro fala sobre sumiço de móveis do Palácio da Alvorada e alfineta Lula
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Michelle diz que os móveis removidos do Alvorada por ela e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vieram da casa do Rio de Janeiro em que a família morava antes da presidência. Ela diz ter sido informada por Marcela Temer, também ex-primeira-dama, sobre a possibilidade de usar os móveis da sua própria casa no local, após o marido ter vencido as eleições. O pedido para levar a decoração da sala e dos quartos para Brasília teria sido de Laura, filha do casal. 

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“Eu fiquei seis meses dormindo na cama do Alvorada, cama que outros presidentes usaram, com certeza. No segundo semestre de 2019 a minha mudança chegou, a pedido da minha filha Laura”, diz Michelle, que na sequência publicou fotos de sua mesa, sofá e revisteiro em registros no Rio de Janeiro e, também,  sendo utilizados atualmente.

Ex-primeira-dama fez declarações em seu perfil no Instagram
Foto: Reprodução/Instagram/@michellebolsonaro

Sendo assim, a ex-primeira dama afirma que os móveis que estavam no Alvorada foram encaminhados ou para o depósito 5 ou para o depósito da presidência - onde há opções de móveis e decorações que podem ser utilizados no palácio.

Porém, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) ressalta que, de acordo com a curadoria das residências oficiais, 83 móveis do Palácio da Alvorada ainda não foram localizados, desaparecidos desde janeiro. A informação é do Poder 360.

‘Sugiro a CPI dos móveis do Alvorada’

Sem citar nomes, a ex-primeira-dama cutuca Lula e Janja com relação aos gastos no Palácio da Alvorada: “Os móveis estão lá. Só que, infelizmente, os que pregam a humildade, a simplicidade, não querem viver no simples, zombando e brincando com o dinheiro do contribuinte”. No fim, Michelle Bolsonaro ironizou pedindo por uma 'CPI dos móveis do Alvorada'.

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O governo de Lula gastou cerca de  R$ 196 mil na compra de uma cama, dois sofás, duas poltronas e um colchão king size para o Palácio da Alvorada, segundo dados obtidos pela Folha de S. Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação, em abril. 

"A ausência de móveis e o péssimo estado de manutenção encontrado na mobília do Alvorada exigiram a aquisição de alguns itens. Os móveis adquiridos agora integram o patrimônio da União e serão utilizados pelos futuros chefes de Estado que lá residirem", informou a Secom, em nota.

Em janeiro, o presidente Lula não pode se mudar para o Palácio devido à situação da residência, deixada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A mudança aconteceu apenas em 6 de fevereiro, após o local ser reformado.

O Terra solicitou atualizações sobre os móveis desaparecidos e os gastos do governo Lula com a mobília do Palácio do Alvorada mas, até a última atualização desta matéria, não obteve retorno.

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Fonte: Redação Terra
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