A Polícia Federal (PF) investiga a possível utilização de veículos do Exército para monitorar o ministro Alexandre de Moraes, inclusive em seu apartamento funcional, como parte de um plano que incluía o assassinato do magistrado, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin. A informação foi divulgada por Daniela Lima, apresentadora do programa Conexão GloboNews.
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Elementos levantados pela PF foram determinantes para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) apoiasse e o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizasse a operação realizada nesta terça-feira, 19. Em sua decisão, Moraes afastou de suas funções públicas três militares da ativa suspeitos de envolvimento no caso. A ação da PF resultou na prisão de cinco integrantes das Forças Armadas acusados de participação na conspiração para os assassinatos.
Atendendo a um pedido da PF e da PGR, Moraes ordenou que o Exército forneça informações detalhadas sobre o itinerário dos veículos supostamente utilizados na espionagem no final de 2022.
A investigação também envolve dois ex-auxiliares próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e Marcelo Câmara, ex-assessor. Ambos são suspeitos de trocar informações sobre os deslocamentos de integrantes do STF.
Mauro Cid deve prestar depoimento nesta terça-feira, enquanto seu acordo de delação premiada está sob revisão, conforme revelado pelo blog.
Além disso, Moraes determinou a apreensão dos passaportes dos alvos da operação como parte das medidas adotadas nesta etapa das investigações.