A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, deixou o cargo nesta segunda-feira (19/02). O Palácio do Planalto não informou os motivos que levaram a saída de Luislinda do governo. A pasta será comanda interinamente pelo subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que acumulará as duas funções.
Luislinda assumiu a pasta em fevereiro de 2017, quando o ministério foi recriado pelo presidente Michel Temer. Em dezembro, ela chegou a se desfiliar do PSDB para continuar no cargo, após parte do partido defender deixar o governo. Essa posição partidária levou aos pedidos de exoneração do então ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy.
Durante o ano em que comandou o ministério, Luislinda se envolveu numa série de polêmicas. Desembargadora aposentada, ela pediu ao governo para acumular a aposentadoria, de R$ 30 mil, e o salário de ministra, de também R$ 30 mil, e alegou que ao receber o teto do funcionalismo público, de R$ 33,7 mil, estaria trabalhando sem receber contrapartida como em situação semelhante ao trabalho escravo.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, Luislinda teria deixado o cargo, após o governo sinalizar que a pasta de Direitos Humanos voltaria a ser subordinada ao Ministério da Justiça, com a criação do Ministério de Segurança Pública.