Após quatro dias internado, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu alta no fim da tarde desta terça-feira, 3, do Hospital das Forças Armadas (HFA). De acordo com nota divulgada pela pasta, Pazuello seguirá monitorado em sua residência pela equipe médica que o acompanha desde que foi diagnosticado com a Covid-19.
Ainda segundo o comunicado, o ministro também se submeteu a um novo teste para o coronavírus e aguarda o resultado. Pazuello foi diagnosticado com a covid no dia 21 de outubro.
Pazuello foi internado na noite de sexta-feira, 30, no DF Star, um dos mais conceituados de Brasília, com um quadro de "desidratação." Neste dia, a nota do ministério trazia uma expectativa de que ele seria liberado "brevemente". Mas, com o acompanhamento médico, a decisão foi de permanecer na unidade. Ele ficou neste endereço até domingo, 1, quando teve alta.
Mas, em vez de ir para casa, o ministro foi encaminhado para o Hospital das Forças Armadas. Pouca informação foi divulgada para explicar o motivo dessa transferência. Segundo o ministério, a razão foi "para análise da equipe médica que o acompanha desde o início do tratamento para covid-19" e também que "o procedimento é regulamentar para o tratamento que teve início em unidade de saúde militar".
Antes de ir para o DF Star, na sexta-feira, Pazuello estava cumprindo isolamento em um hotel de trânsito dos oficiais, no Setor Militar Urbano, na capital federal, e sentiu febre e dor de cabeça.
O ministro da Saúde costumava comparecer a eventos públicos sem máscara antes de contrair a doença.
No último dia 22, o presidente Jair Bolsonaro fez uma visita a Pazuello no hotel, após tê-lo desautorizado publicamente, cancelando o acordo para compra de 46 milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida na China.
Na ocasião, os dois gravaram um vídeo sem máscara, apesar de o ministro estar contaminado. No vídeo, Pazuello disse que tomou o "kit completo" contra coronavírus, incluindo a hidroxicloroquina, medicamento defendido por Bolsonaro, mas que não tem comprovação científica de eficácia contra a doença. O ministro chegou a dizer que estava "zero bala", e Bolsonaro a afirmar que Pazuello era "mais um caso concreto" de que o uso da hidroxicloroquina "deu certo"