O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, criticou uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo e saiu em defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após uma publicação, que revelou que o gabinete do magistrado recebeu ordens para produzir relatórios da Justiça Eleitoral para embasar decisões de Moraes contra bolsonaristas na corte.
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Teixeira foi o primeiro membro do governo Lula (PT) a comentar a reportagem, e chamou o jornal de “sensacionalista” em sua conta no X, antigo Twitter.
"A matéria da Folha de S.Paulo que acusa o ministro Alexandre é sensacionalista e não corresponde à verdade. A matéria só tem o efeito de alimentar o movimento de tentar desacreditar o STF para incidir no julgamento do inelegível", escreveu o ministro.
A matéria da Folha de São Paulo que acusa o ministro @alexandre é sensacionalista e não corresponde à verdade. A matéria só tem o efeito de alimentar o movimento de tentar desacreditar o STF para incidir no julgamento do inelegível.
— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) August 14, 2024
O conteúdo da reportagem mostra como o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que era presidido por Moraes na época, foi usado pelo gabinete do ministro no Supremo para investigações.
As mensagens vazadas de Alexandre de Moraes revelam que houve um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, sendo que o TSE foi usado para investigar e abastecer um inquérito do STF em assuntos relacionados ou não com a eleição presidencial de 2022.
As mensagens de whatsapp e arquivos trocados são de auxiliares de Moraes, incluindo seu principal assessor no STF, entre outros integrantes de sua equipe no TSE e no Supremo.
O ex-secretário nacional de Justiça Augusto Botelho também defendeu Moraes pelas redes sociais, dizendo que o caso é diferente de quando há troca de informações entre as partes.
"A comunicação e a troca de informações entre TRIBUNAIS é completamente diferente da comunicação e da troca de informações entre PARTES", afirmou.
À Folha de S. Paulo, a equipe do ministro disse que todos os procedimentos foram “oficiais e regulares” e estão “devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República”, segundo o jornal.