Ministro defende mudança na diretoria da Petrobras

Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil, disse que a petroleira precisa aperfeiçoar sua gestão e governança, além de trocar a atual diretoria

16 dez 2014 - 13h50
(atualizado às 14h59)
<p>"Não há como não ter profundas consequências depois de tudo que tomamos conhecimento", disse Moreira Franco</p>
"Não há como não ter profundas consequências depois de tudo que tomamos conhecimento", disse Moreira Franco
Foto: Saulo Ramon Almeida Rolim/SAE/PR / Divulgação

O Ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, defendeu nessa terça-feira uma mudança generalizada na Petrobras, inclusive na atual diretoria, após as denúncias de corrupção e superfaturamento de contratos na estatal.

Segundo o ministro, que é filiado ao PMDB, a companhia precisa a partir do escândalo que levou a prisão de ex-diretores passar por uma mudança de rota que envolve o aperfeiçoamento da gestão, da governança e por troca de cargos no comando da estatal.

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“Acho que as conseqüências serão inevitavelmente fortes. Não há como não ter profundas consequências depois de tudo que tomamos conhecimento”, disse ele a jornalistas em evento sobre a reforma política no Rio de Janeiro.

A estatal, que já foi a maior empresa do País em valor de mercado, está no centro de um escândalo de corrupção depois que investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, indicaram a cobrança de propina em contratos da empresa, envolvendo executivos das maiores empreiteiras país e partidos políticos.

“A governança e a gestão da empresa vão passar por transformações muito profundas, o nível de controle inevitavelmente terá que ser ampliado”, adicionou.

Ao ser questionado se as mudanças deveriam envolver a diretoria, o ministro disse que "se vai mudar governança, gestão e é uma mudança profunda, isso significa uma mudança de tudo”.

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Moreira Franco evitou especular sobre possíveis nomes para uma eventual mudança no comando na empresa.

“Não sei se isso já está sendo pensado no governo”, destacou.

Os papéis preferenciais da Petrobras operavam em queda de 0,22% nesta terça-feira, depois de terem fechado na segunda-feira no menor patamar desde maio de 2005.

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