Apesar de a presidente Dilma Rousseff apresentar uma baixa popularidade em seu governo (31% consideram a gestão ótima ou boa, segundo a última pesquisa CNI/Ibope), o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, acredita que a intenção de votos a ela crescerá com a campanha televisionada. A propaganda em rádio e TV começa no dia 18 de agosto. Carvalho é um dos principais interlocutores políticos da Presidência e lembra que a mesma pesquisa CNI/Ibope aponta vitória de Dilma em diferentes cenários.
“Dilma continua como a primeira colocada nas pesquisas e que essa distância vai aumentar, não tenho dúvida. Porque o povo brasileiro tem sabedoria, viveu o passado, vive o presente e sonha com um futuro melhor”, disse o ministro.
Com a coalisão de partidos em torno da chapa encabeçada por Dilma, o tempo de televisão da presidente em cadeia de televisão deverá ser de 10 minutos, superior ao tempo dos adversários, que somados, deverão ter sete minutos.
Uma baixa que a presidente recebeu ontem, e pegou o PT de surpresa, foi o desembarque do PTB da aliança, o que custará menos um minuto e quinze segundos de televisão. Gilberto Carvalho preferiu não comentar a saída do PTB, que já havia declarado apoio formal no mês passado.
Carvalho nega “campanha do ódio”
Antes do início da convenção do PT que formalizará a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) negou que o mote da campanha petista será de disseminação do ódio. Carvalho é um dos principais interlocutores políticos da Presidência.
“A tônica da campanha vai ser a proposta de continuar desenvolvendo esse sonho de um Brasil diferente. Nós iniciamos um processo que ainda está em curso e precisa se complementar, precisa de mais tempo. Ele precisa de mais ações e mais mudanças. Quem apostar na luta ódio contra ódio vai perder. Não vale a pena”, disse o ministro.
Carvalho negou que insurgências do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, principal fiador da campanha de Dilma, contra a oposição seja um sinal desse tom de acirramento.
“O que o presidente Lula fez é outra coisa. O presidente Lula, como eu também tenho feito, tem denunciado uma política, uma prática de disseminação de um ódio de classe contra aqueles que tentam a mudança no País. A gente privilegiada que não quer a mudança”, afirmou.
De acordo com a primeira pesquisa do Instituto Ibope contratada pela Confederação Nacional da Indústira (CNI) sobre intenção de votos, divulgada na última quinta-feita, 39% dos entrevistados têm preferência pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Em segundo lugar, aparece o candidato do PSDB na corrida presidencial, Aécio Neves, com 21%; seguindo por Eduardo Campos (PSB), com 10%.
O resultado da sondagem indica segundo turno nas eleições. O instituto Ibope indica cenários com possíveis confrontos de dois candidatos. Contra Aécio, Dilma venceria por 43% a 30%. Já se o enfrentamento no segundo turno fosse contra Campos, a vantagem seria ampliada para 43% contra 27% dos votos.