O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, ontem (6) à noite, que a eleição direta para governador do Amazonas deve ser mantida. O pleito está previsto para 6 de agosto, e nove candidatos concorrem ao cargo. Com isso, a liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski, que havia suspendido o processo eleitoral no Estado no último dia 29, foi derrubada. Ficou restabelecido o acórdão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou o mandato do ex-governador José Melo por compra de votos nas eleições de 2014 e determinou a realização de eleições suplementares.
A interrupção do processo eleitoral por Lewandowski atendeu a uma ação do ex-vice-governador Henrique Oliveira, que também foi cassado. Três candidatos recorreram da decisão e por causa do recesso do judiciário, a questão deveria ser resolvida pela presidente do STF, Carmen Lúcia. No entanto, nessa quinta-feira (6), ela se declarou impedida de julgar. A análise ficaria por conta do ministro Dias Toffoli, que está fora do Brasil. Com a redistribuição, o processo passou para Celso de Mello que, mesmo estando de férias, determinou a retomada da eleição.
A assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas informou que vai divulgar a decisão e publicar uma nota sobre os preparativos da eleição, sem alteração da data marcada. Até a realização do pleito, o presidente da Assembleia Legislativa do estado, David Almeida, permanece à frente do governo amazonense.