O ministro Celso de Mello, que exerce a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o recesso, liberou o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco de participar de duas acareações na CPI da Petrobras nesta quarta-feira (8). Delator da Operação Lava Jato, Barusco ficaria frente a frente com o ex-diretor da estatal Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
No pedido, a advogada Beatriz Catta Preta alegou que Barusco enfrenta um câncer ósseo e que o quadro de saúde piorou nos últimos dias. O relatório médico encaminhado ao STF convenceu o ministro.
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Na decisão, Celso de Mello também lembrou que Vaccari declarou formalmente que ficaria calado durante a sessão da CPI. “Vê-se, portanto, que a dispensa de comparecimento do ora paciente não frustrará a realização das acareações”, disse.
Segundo o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), a decisão do STF inviabiliza as acareações desta quarta-feira. Vaccari e Duque já compareceram individualmente à comissão em outras ocasiões.
Ex-gerente da direitoria de Serviços da Petrobras, ligada ao PT, Barusco estimou, em depoimento no acordo de delação premiada, que o PT recebeu US$ 200 milhões de propina da Petrobras. Segundo ele, Vaccari teve participação no esquema. O ex-tesoureiro nega.