Moraes autoriza quatro deputados a visitarem radicais presos por atos golpistas

Segundo balanço da Corte máxima, 751 pessoas seguem presas pela ofensiva antidemocrática

7 mar 2023 - 22h23
(atualizado às 22h47)
Policias retiram golpistas de prédios do governo
Policias retiram golpistas de prédios do governo
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou os deputados Ubiratan Sanderson (PL), Hélio Lopes (PL), Marcel Van Hatten (Novo) e Coronel Telhada (PP) a visitarem presos por atos golpistas do dia 8 de janeiro custodiados na Penitenciária Feminina do Distrito Federal e no Complexo Penitenciário da Papuda.  

A decisão atende a pedidos dos parlamentares apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas últimas eleições.

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Segundo o despacho assinado nesta segunda-feira, 6, a autorização se dá 'em caráter estritamente pessoal' e não é extensiva, 'sob nenhum pretexto ou condição, a terceiros acompanhantes'. A visitação será única e individual, 'em exatas e idênticas condições' fixadas pelo juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.

Segundo balanço da Corte máxima, 751 pessoas seguem presas pela ofensiva antidemocrática. Outras 655 foram liberadas para responder em liberdade, com restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica.

Em despacho publicado no último dia 23, Alexandre havia informado à Vara de Execuções Penais do DF que todos os requerimentos que envolvem presos nos atos radicais devem ser enviados diretamente a ele.

Tal despacho se deu em resposta a um pedido do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), para gravar depoimentos na penitenciária feminina. A justificativa dos parlamentares era apurar denúncias de supostas irregularidades relacionadas às prisões.

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