Moraes diz que omissão de Torres e Fábio coloca em risco vidas de autoridades políticas

A prisão de Torres e Augusto se tornou um desdobramento dos atos terroristas que tomara conta da Praça dos Três Poderes

10 jan 2023 - 22h40
Alexandre de Moraes quer que sejam apuradas as circunstâncias dos atos de violência em Brasília.
Alexandre de Moraes quer que sejam apuradas as circunstâncias dos atos de violência em Brasília.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Alexandre de Moraes caracterizou que houve omissão e conivência de Torres e Fábio Augusto na luta contra o ato golpista que bolsonaristas causaram no último domingo, 8, na decisão em que determinou a prisão do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e do comandante da polícia militar do DF, Fábio.

Para os ministros do STF, eles foram omissos e não tiveram ações significativas para impedir a destruição nas sedes dos poderes da República. Moraes afirmou que o comportamento dos dois coloca em risco a segurança de políticos, como o presidente da República.

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"Os comportamentos de Anderson Gustavo Torres e Fábio Augusto Vieira são gravíssimos e podem colocar em risco, inclusive, a vida do presidente da República, dos deputados federais e senadores e dos ministros do Supremo Tribunal Federal", escreveu Moraes.

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A prisão de Torres e Augusto se tornou um desdobramento dos atos terroristas que tomara conta da Praça dos Três Poderes, onde bolsonaristas depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Augusto já foi preso e Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, nos Estados Unidos. De acordo com Moraes, no decreto, os seguintes fatos foram cruciais para a prisão da dupla: 

  • ausência de policiamento necessário na Praça dos Três Poderes, em especial do Comando de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal;
  • autorização para quem mais de 100 ônibus ingressassem livremente em Brasília, sem qualquer acompanhamento policial, mesmo sendo fato notório que praticariam atos violentos e antidemocráticos
  • a "total inércia" ao não desmontarem o acampamento criminoso na frente do QG do Exército, "mesmo quando patente que o local estava infestado de terroristas"
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"Os atos de terrorismo se revelam como verdadeira 'tragédia anunciada', pela absoluta publicidade da convocação das manifestações ilegais pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, tais como o WhatsApp e Telegram”, registrou o ministro.

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Fonte: Redação Terra
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