Moro vai aproveitar parte das dez medidas contra a corrupção

Ao lado do ministro da Justiça, Moro falou em dar "continuidade aos bons projetos que vêm sendo executados".

8 nov 2018 - 17h24
(atualizado às 18h04)

O juiz federal Sérgio Moro, futuro ministro de Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira, 8, que há várias medidas e planos em gestação sobre combate à corrupção e ao crime organizado. Entre elas, Moro afirmou que irá aproveitar uma parte das propostas constantes nas dez medidas contra a corrupção apresentadas ao Congresso por projeto popular.

"As eleições deixaram claro que há grande insatisfação da população com a segurança pública. Esse é um problema sério, difícil, que precisa ser equacionado. Em parte por medidas executivas, em parte por projeto de lei. É o momento propício para a apresentação de projetos legislativos. As 10 medidas estão dentro desse radar", afirmou o magistrado, que falou brevemente com a imprensa após reunião nesta quinta com o ministro da Justiça, Torquato Jardim.

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Moro disse que está refletindo sobre a questão carcerária
Moro disse que está refletindo sobre a questão carcerária
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

"Algumas das propostas (das 10 medidas) serão resgatadas e algumas talvez não sejam tão pertinentes agora quanto no passado e novas devam ser inseridas", afirmou Moro.

Ao lado de Torquato Jardim, Moro falou em dar "continuidade aos bons projetos que vêm sendo executados. "Não sou daqueles que assumem reclamando que existe herança maldita."

Sobre o que pretende propor quando assumir a pasta, que fundirá os ministérios da Justiça e da Segurança Pública, o futuro ministro disse que pretende propor medidas fortes, simples, para serem aprovadas em tempo breve, dentro dos dois pontos basilares de sua futura gestão, o combate à corrupção e ao crime organizado.

O ministro Torquato Jardim, em breve pronunciamento, disse que conversou com Moro sobre estrutura do ministério da Justiça, orçamento e atividades prioritárias da pasta. Desejou sorte a Moro e disse que "o seu sucesso será o sucesso do Brasil".

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