O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, negou nesta quarta-feira, 19, que tenha havido conluio ou convergência com investigadores enquanto era juiz da Lava Jato. O ministro deu a declaração no início da audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para esclarecer supostas mensagens trocadas entre ele e procuradores da operação.
Para se defender da acusação de que houve conluio, Moro apresentou dados sobre as ações e sentenças da Lava Jato. Por exemplo, citou que houve 45 sentenças judiciais e que o Ministério Público recorreu de 44, além de que 91 dos 298 pedidos de prisão foram indeferidos. "Se falou muito em conluio. Os dados são um indicativo de que não há convergência absoluta entre ministério Público e juízo ou entre polícia e juízo".
Moro começou sua fala inicial declarando que não tem "nada a esconder". "A ideia é esclarecer muito em torno do sensacionalismo criado em cima dessas notícias", afirmou.