Moro protocola projeto de lei que endurece legislação contra crime organizado

Senador discursou nesta quarta-feira no Senado, após operação da PF prender suspeitos de planejar morte de autoridades públicas

22 mar 2023 - 17h33
(atualizado às 19h49)
Moro protocola projeto de lei que endurece legislação contra crime organizado
Moro protocola projeto de lei que endurece legislação contra crime organizado
Foto: Poder360

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) defendeu, na tarde desta quarta-feira,22, medidas que ampliem a segurança de autoridades, endurecendo as penalidades contra criminosos. As declarações aconteceram na tribuna do Senado Federal, em Brasília, após a Polícia Federal deflagrar uma operação que investiga planos de morte contra agentes públicos.

"O Congresso deve reagir com leis para proteger as autoridades e os cidadãos. Tomei a liberdade de resgatar um projeto que tinha na época do Ministério da Justiça e protocolei hoje. É um projeto muito simples, que prevê a criminalização de um planejamento para prática de atentados contra autoridades. O projeto prevê também que as condenações sejam iniciadas no presídio federal de segurança máxima", disse. 

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Em outro trecho do discurso, Moro se disse "alarmado" com a escalada do crime organizado no País. 

"Nós temos que intensificar o trabalho contra o crime organizado. A minha avaliação sobre o crime organizado: ou nós nos enfrentamos ou quem vai pagar será a sociedade. Isso tem que ser feito com políticas rigorosas, inteligentes, contra a criminalidade organizada. Nós não podemos nos render e não podemos retroceder. Precisamos reagir às reações do crime organizado", completou. 

O ex-juiz da Lava Jato defendeu também sua gestão, ocorrida entre 2019 e 2020, à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), quando foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O senador relembrou uma série de medidas tomadas quando esteve no comando da pasta, como a transferência de presos para presídios de segurança máxima.

Operação Sequaz

Nesta quarta-feira, 22,a Polícia Federal deflagrou a Operação Sequaz para desarticular uma organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco estados. 

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De acordo com as investigações da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea em Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Mas, segundo a investigação, os principais suspeitos se encontravam em cidades paulistas e paranaenses.

Cerca de 120 policiais federais cumpriram 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

Fonte: Redação Terra
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