O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, negou nesta terça-feira a possibilidade de ser candidato à Presidência da República no ano que vem, e argumentou não ter perfil para a função.
"Já disse mais de uma vez e reitero que não serei candidato", disse o magistrado durante seminário sobre a Justiça realizado pela rádio Jovem Pan em São Paulo.
Moro, que não tem filiação partidária, tem tido o nome citado em pesquisas de intenção de voto para o pleito do ano que vem. No último levantamento do Datafolha, realizado em junho, No cenário que seu nome aparecia, Moro ficou em segundo lugar, atrás apenas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e empate técnico com a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC0-RJ)).
O juiz argumentou, no entanto, não ter perfil para a função, acrescentando que optou se dedicar à magistratura.
Moro também elogiou a política, afirmando ser uma das profissões "mais belas", embora tenha reconhecido que há, muitas vezes, uma visão pejorativa dos políticos.