As redes sociais reagiram à adesão ao Twitter do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Após anunciar seus primeiros tuítes, nesta quinta-feira, 4, o outrora poderoso juiz da Lava Jato virou alvo de manifestações de apoio e de hostilidades, inspiração para memes de apoiadores, adversários e críticos. Viveu o céu e o inferno das redes sociais.
O número de seguidores de Moro explodiu. Às 10h18 desta sexta-feira, 5, ele já arrastava 425 mil adesões. Moro diz que se inscreveu na rede social "pois é um instrumento poderoso de comunicação". "A ideia é divulgar os projetos e as propostas do Ministério da Justiça e Segurança Pública", afirmou.
"Nem sempre poderei estar por aqui, pois o trabalho é intenso, mas quando possível darei informações sobre as ações do Ministério. Quero explicar aqui o projeto de lei anticrime, além das medidas executivas em andamento do Ministério", relatou.
Em reação a cada uma de suas publicações, memes, sátiras, e duros questionamentos foram direcionados ao chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública.
Muitas são as provocações. "Oi ministro, bem-vindo! Eu tenho uma pergunta: 64 foi ditadura ou não? Vi um vídeo seu antigo que dizia que sim, aí dessa semana dizia que não era bem isso", questionou a nadadora Joanna Maranhão, referindo-se às polêmicas do Planalto em torno do golpe militar, que vão de mudanças em livros didáticos para as escolas brasileiras e ordens para que a data seja comemorada.
"Oi sumido! Seja bem-vindo ao Twitter, @SF_Moro. Será que agora o ministro da Justiça vai se pronunciar sobre o caso Queiroz?", reagiu o portal de notícias The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald. Opositores também se manifestaram, como os petistas Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta. Gleisi escreveu que o ministro aderiu ao Twitter "para ficar mais próximo do estilo Bolsonaro de governar".
Foto
Às 16h52 desta quinta, Moro postou uma foto sua exibindo um calendário da Caixa para afastar dúvidas de que ele, de fato, aderiu às redes - o que ele se recusou a fazer enquanto magistrado federal. "Provando que esse Twitter é meu mesmo. O que é um pouco inusitado", ele escreveu. Nem o calendário escapou dos memes.
Um internauta fez uma montagem na foto. Aproveitando o nome do banco, escreveu o texto "eu perdoo CAIXA 2". A ação do ministro não era necessária, uma vez que a própria rede atesta a autenticidade do perfil.
Declarações de apoio também se multiplicam. "Eu apoio a lei anticrime" e "Herói de uma nação, pra frente Brasil!!!" foram exemplos de postagens. "Grande, Moro!", exclamou o jornalista Milton Neves.