Morreu, nesta quarta-feira, 23, o político Francisco Dornelles, aos 88 anos. Ex-governador do Rio de Janeiro, ex-ministro e ex-senador, Dornelles ainda ocupava o cargo de presidente de honra do Partido Progressistas (PP), que comunicou o falecimento de Dornelles, em nota.
"Com um imenso vazio na política brasileira e no coração de cada filiado, o Progressistas apresenta sentidas condolências à família. Francisco Dornelles, que tanto nos ensinou com suas ações registradas em uma honrada e ilibada biografia, por seus incansáveis serviços ao país e ao Rio de Janeiro, passa hoje da vida à imortalidade", diz trecho do texto.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se pronunciou nas redes sociais sobre a morte. Ele considerou que hoje "é um dia triste para a política e para o País".
"Dornelles nos deixa um precioso legado marcado pela capacidade de diálogo e luta pela democracia. Manifesto meu profundo pesar à família do ex-governador e presidente de honra do Partido Progressistas (PP), que viverá eternamente na memória dos brasileiros", escreveu. Castro decretou luto de três dias em homenagem a Dornelles.
Hoje é um dia triste para a política e para o país. O Brasil perdeu um de seus mais responsáveis, expressivos e dignos representantes do povo brasileiro. Ex-governador do Estado do Rio, Francisco Dornelles também teve exímia atuação como ministro, senador e deputado federal.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) August 23, 2023
Apesar de ter criado carreira política no Rio, Dornelles nasceu em Belo Horizonte. Era sobrinho de Tancredo Neves e de Ernesto Dornelles, ex-governador do Rio Grande do Sul.
Ele foi secretário da Receita Federal no governo João Figueiredo, ministro da Fazenda durante o governo Sarney e, no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, ocupou a pasta da Indústria, Comércio e Turismo.
Já no segundo mandato de FHC, ficou à frente do Ministério do Trabalho e do Emprego. Foi eleito deputado federal e senador pelo Estado do Rio de Janeiro.
Em 2018, Dornelles assumiu o governo do Rio após a prisão de Pezão, de quem era vice, após a prisão pela Lava Jato. Passou pouco tempo no cargo, já que a prisão ocorreu no final do mandato.