O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira, 30, que as acusações de corrupção que se acumulam e fragilizam politicamente o governo de Jair Bolsonaro, não colocam em xeque o discurso anticorrupção do presidente da República. "O presidente não tem condições de controlar tudo que acontece dentro do governo. Compete a cada ministro cuidar de seu feudo", minimizou Mourão, em linha com o discurso adotado por Bolsonaro na segunda-feira (28).
Mourão defendeu a punição dos responsáveis, caso haja comprovação dos ilícitos em denúncias de superfaturamento e pagamento de propina para a compra de vacinas contra covid-19. "Se for constatada alguma irregularidade, que se tome providências de acordo com a lei". O vice afirmou que recebe relatos de irregularidades corriqueiramente e que a medida adequada diante de tal situação é encaminhar as denúncias ao ministério responsável.
Ele também se opôs ao afastamento de Ricardo Barros (PP-PR) da liderança do governo na Câmara devido às acusações do deputado federal Luis Miranda de superfaturamento nas compras da Covaxin. Miranda alega ter ouvido de Bolsonaro que Barros era o responsável pelas tratativas junto à empresa fornecedora. "Tem que ver se realmente ocorreu o que foi dito pelo denunciante (Luis Miranda) na CPI", disse.