MP rejeita acordo coletivo com empresas na Lava Jato

Segundo procurador da República, acordos somente serão firmados individualmente com empreiteiras que abram novas frentes de investigação

19 jan 2015 - 09h29
(atualizado às 09h33)
<p>Sede da Petrobras no Rio de Janeiro; Lava Jato investiga esquema de corrupção na petroleira</p>
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro; Lava Jato investiga esquema de corrupção na petroleira
Foto: Ricardo Moraes (BRAZIL - Tags: ENERGY CRIME LAW POLITICS BUSINESS) / Reuters

O Ministério Público Federal (MPF) não vai firmar acordão coletivo pretendido pelas empresas envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção e pagamento de propina na Petrobras, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo.

As empreiteiras podem propor pacto com o MPF, mas esses acordos somente serão firmados individualmente, informou o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Lava Jato. “Jamais na forma de um pacto geral”.

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Segundo o procurador, eventuais acordos só poderão ser assinados com empresas que atenderam algumas condições, como “permitir a abertura de novas frentes de investigação, de novas Lava Jato”.

“Se houver acordo com uma empreiteira que confesse a sua participação nos fatos já em andamento, que permita a reparação, e, principalmente, que possamos buscar muitas outras responsabilizações criminais e cíveis de outras pessoas, naturais ou jurídicas, o próximo acordo, com outra empresa, exigirá os mesmos requisitos, acrescido de outros crimes que não os informados pela primeira empresa leniente”, afirmou Lima.

O procurador também afirmou que a força-tarefa da Lava Jato encaminhará a empresa que fizer um eventual acordo com o Ministério Público a outros órgãos, para que também seja estabelecido um acordo quanto às punições administrativas.

Fonte: Terra
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